Mudar sempre da um aperto, mesmo que pequeninho no coraçao

Agora que a mudança esta chegando, eu começo a avaliar as coisas boas que passei nesses meses de tempestade e sol por aqui:

Conheci mais a familia do Luigi, ganhei uma nonna italiana de presente, conheci como é a vida em uma cidade fofa, pequena e bem arrumadinha da Italia, comi tantas vezes o melhor gelato da minha vida, aprendi a fazer algumas comidinhas italianas com a familia Bavaresco e a familia Baratella, vi como é legal poder se mover de bicicleta, conheci um novo método de aprofundar as questoes internas, a Consultoria Filosofica, comi tantas massas maravilhosas com pomodoro, pesto, olio e grana, comi o riso e pisseli, tipico da regiao, pude comer à vontade o formaggio Collina, que vende no supermercado embaixo de casa,... Tantas pequenas e boas coisas que vao me dar até saudade...

Agora que conhecia a moça da lavanderia, a familia do hortifruit, os caras que carregam as compras do supermercado, a florista, a gelataia, ou melhor, todas as moças que vendem gelato, o moço do bar da esquina, a moça do outro bar da esquina, o dono da loja das meias calças em promoçao, agora que conhecia todo o bairro e me sentia parte daquilo: Uma nova mudança...

Hoje fui fazer compras, dando oi a todos e pensei: Faço ja parte desse pequeno bairro. De repente exatamente por isso, é momento de partir e conhecer novos bairros, novos donos de padarias, bares, lavanderias, novos gelatos e pastas e novas lojas para comprar meias calças em promoçao...

No fim das contas mesmo que a vida faça caminhos estranhos e turbulentos, mesmo durante a tempestade e a nebbia tem sempre pequenas alegrias que a gente vai levar no coraçao e essas sao as coisas que no fim das contas contam e dao mais força para a gente seguir em frente, seja por qual caminho for, no sol, na chuva, na neve ou no deserto. E para deixar a gente ser sempre um pouco Pollyanna.